quarta-feira, 26 de janeiro de 2011


TECNOLOGIAS WEB 2.0 NA ESCOLA PORTUGUESA (WEB 2.0 TECHNOLOGIES IN PORTUGUSE SCHOOL)
               
                O conceito de Web 2.0 é reconhecido como tendo sido proposto em 2004 por Tim O’Reilly para designar uma nova geração de serviços Web em que o utilizador é, também ele, um produtor de conteúdos. Segundo Tim O´Reilly, numa entrevista recente a Chistina Bergamn dá a resposta: ”Web 2.0 significa desenvolver aplicativos que utilizem a rede como uma plataforma. A regra principal é que esses aplicativos devem aprender com seus usuários, ou seja, tornar-se cada vez melhores conforme mais e mais gente os utiliza. Web 2.0 significa usar a inteligência colectiva” (Bergman, 2007).
                E como se perspectiva a escola face a esta nova realidade? Será que já se apercebeu que a “espontaneidade que a Web 2.0 possibilita é um admirável veículo para o crescimento e desenvolvimento de um sem número de aprendizagens” (Ferreira, 2007, p. 246)? Que ferramentas da Web 2.0 são usadas nas nossas salas de aula? Com que objectivos e em que contextos? Será que a utilização destas ferramentas modifica os cenários educativos e o papel dos actores no processo? É no sentido de encontrar respostas para estas e outras questões que desenvolvemos o estudo integrativo que vimos apresentar nesta comunicação. Esperamos desta forma dar o nosso contributo para consolidar a pesquisa numa área tão recente quanto promissora dentro das Ciências da Educação em Portugal.
                É importante incentivar a comunidade educativa a reflectir sobre como poderemos antever o que será o futuro da pesquisa num domínio mais amplo que integra os processos de ensino e aprendizagem baseados na Web, eixo central da investigação futura a realizar no domínio da Tecnologia Educativa. Esta realidade abre, de per si, perspectivas para o que poderá ser a pesquisa sobre Web 2.0 num futuro próximo: estudos envolvendo ferramentas ainda tão pouco exploradas, caso dos wikis, social bookmarking, software social, etc.; modelos metodológicos diversificados dentro dos quadros da investigação quantitativa e/ou qualitativa que impliquem a utilização de mais do que uma técnica para a recolha de dados e o consequente recurso a processos de triangulação de resultados que conferem maior credibilidade aos estudos empíricos. Estas são algumas pistas porque muitas outras poderiam ser apontadas e sugeridas.
                Porque se o futuro da Web permanece ainda uma incógnita a realidade é que, tal como adverte Ferreira (2007), “A Web 2.0 é feita para e pelos utilizadores. Estes deixaram o patamar da observação e passaram a dar o seu contributo e marca pessoal num espaço que é cada vez mais de todos”. Entendemos a Web 2.0 como sinónimo de um novo olhar sobre o potencial inovador da Internet.


Função Docente no século XXI - Tecnologia e Educação http://www.youtube.com/watch?v=hFFhtodEVjs&feature=related

Ana Isabel Rocha

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